quinta-feira, 30 de junho de 2011

O maior campo magnético do mundo

Fiquem a saber o que os alemães fizeram para conseguir criar o maior campo magnético do mundo aqui.
Fiquem bem.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O maior radiotelescópio do mundo

Com um diâmetro de 500 metros, o FAST (Five-hundred-meter Aperture Spherical radio Telescope) vai tornar-se em breve no maior radiotelescópio do mundo. O novo instrumento, que vai instalar-se na província chinesa de Guizhou, permite captar sinais muito fracos. Os responsáveis pelo projecto dizem que permitirá também descobrir milhares de galáxias e observar objectos situados a sete mil milhões de anos-luz da Terra.
O FAST vai deixar para trás o Arecibo, que se encontra em Porto Rico, e que ainda é o maior radiotelescópio do mundo, com 305 metros de diâmetros.
O novo observatório será construído, tal como o Arecibo, numa depressão geográfica, tendo em vista a diminuição de custos nos suportes necessários para manter no sítio cada um dos painéis que formam a estrutura. A depressão que será utilizada situa-se no sul do país e tem 800 metros de diâmetro.
O FAST terá uma superfície equivalente a 30 campos de futebol e permitirá aos investigadores analisar regiões do universo numa distância três vezes superior ao que permitia o Arecibo.
Composto por 4600 painéis e com uma alta sensibilidade, o FAST conseguirá escutar, caso existam, transmissões extraterrestres provenientes de distâncias até mil anos-luz. O governo chinês vai investir o equivalente a 75 milhões de euros para o desenvolvimento do projecto.
O projecto deste radiotelescópio foi proposto pela primeira vez em 1994. O objectivo inicial era concluir o equipamento em 2013. No entanto, só agora as obras começaram. Estima-se que o FAST estará concluído e em funcionamento em 2016. O principal organismo implicado no projecto é o Observatório Astronómico Nacional – Academia Chinesa das Ciências.

ZEHST

Foi apresentado, no 49º Salão Aeronáutico e Espacial de Paris Le Bourget, o ZEHST, (Zero Emission Hypersonic Transportation), um avião hipersónico que entrará em funcionamento comercial a partir de 2050.
Com capacidade para 100 pessoas (no máximo), este veículo pode atingir a velocidade de Mach 4, ou seja, quatro vezes a velocidade do som – entre 4800 e 6000 quilómetros por hora – duas vezes mais do que os seus antecessores Concorde e Tupolev Tu-144.
Com esta velocidade, será possível viajar de Paris e Tóquio em menos de duas horas e meia e de Paris a Nova Iorque em uma hora e meia.
Criado pelo consórcio europeu EADS - European Aeronautic Defence and Space Company, dono da Airbus, o aparelho tem ainda outra vantagem além da rapidez: baixas emissões de gases contaminantes para a atmosfera.
O novo aparelho irá voar a uma altitude de 32 quilómetros acima do nível do mar, característica que lhe permite não contaminar a atmosfera. A questão ambiental está também salvaguardada na descolagem. O avião vai levantar voo através de turbinas alimentadas por um produto feito à base algas marinhas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Equipa do IST sugere nova forma de matéria escura

De acordo com o site Ciênciahoje "o aparecimento de singularidades espaço-temporais, onde as leis da física clássica falham, na teoria de Einstein, é algo que preocupa os cientistas desde há muito tempo. Agora, uma nova teoria da gravitação conseguiu reproduzir as previsões de Einstein, evitando ao mesmo tempo singularidades como o Big Bang ou como as no interior de buracos negros.
Num artigo a ser publicado na prestigiada «Physical Review Letters», Paolo Pani, Vitor Cardoso e Térence Delsate, investigadores do Instituto Superior Técnico (IST), “pegaram numa nova teoria da gravitação e mostraram que ela está livre destes perigos”, refere a instituição em comunicado.
Segundo a equipa, o colapso de uma estrela não resulta necessariamente numa singularidade, já que face a um aumento súbito da densidade da matéria uma nova força gravitacional repulsiva aparece. Uma vantagem adicional é prever a existência de "estrelas de matéria escura", isto é, estrelas compactas que são invisíveis para os telescópios, mas que contribuem para a composição da matéria escura da nossa galáxia.
Subramanyan Chandrasekhar era um jovem investigador quando, com 19 anos, sugeriu o seguinte cenário: ao esgotarem o seu combustível, as estrelas muito massivas deixariam de conseguir suportar o seu próprio peso, acabando por colapsar. Este colapso daria origem a um buraco negro albergando no seu interior uma singularidade. O famoso astrónomo Sir Arthur Eddington foi um feroz opositor destas ideias, chegando a declarar que "deve haver uma lei da Natureza que proíba uma estrela de se comportar desta forma absurda".
Nas muitas décadas decorridas desde a disputa com Eddington, a proposta de Chandrasekhar vingou e gerou uma teoria muito elegante de estrelas compactas e buracos negros. Não obstante, as objecções de Eddington ainda ecoam pelos corredores do espaço-tempo, principalmente devido à existência de singularidades, onde as leis que conhecemos deixam de ser válidas."
Já em 1969 o físico-matemático Sir Roger Penrose propôs a Conjectura do Censor Cósmico, advogando a existência de um mecanismo desconhecido que previne que singularidades no espaço-tempo afectem observadores.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Science Nation - Física em Animação

Apesar de não ter muito jeito para o design, sempre tive algum interesse nesta área da animação... Pensei se seria possível, porque envolve tanto ou mais de Física como de Design/Desenho. É pena que não exista este curso, decente, em Portugal.
Este vídeo vem completar um post feito no início do ano...
Está na hora de decidir o vosso futuro.

"Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente-a e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos."
Albert Einstein


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nova técnica para controlar a injecção de electrões e a emissão de raios-x em aceleradores a plasma

"Uma equipa de investigadores do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do Instituto Superior Técnico (IST), em colaboração com cientistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), demonstrou computacionalmente uma técnica inovadora que permite ajustar com precisão muito elevada algumas das propriedades mais importantes dos feixes de electrões dos aceleradores de plasma e assim optimizar a geração de raios-x com recurso a estes feixes.
A equipa, cujo lado português integrava Jorge Vieira, Samuel Martins, Vishwa Pathak, Ricardo Fonseca, e Luís Silva, publicou esta semana um artigo na prestigiada revista científica «Physical Review Letters» – este trabalho representa um passo em frente na utilização deste conceito de aceleração para a geração de raios-x, com potencial impacto na imagiologia de sistemas biológicos e nas aplicações médicas."
A propagação de impulsos de luz ou feixes de partículas muito intensos num gás podem levar à formação de ondas de plasma com dimensões de apenas alguns micrómetros (milionésima parte do centímetro), da dimensão do diâmetro de um cabelo. Tal como os surfistas nas ondas do mar, também os electrões podem apanhar as ondas de plasma, e acelerar até velocidades próximas do limite máximo previsto por Albert Einstein, a velocidade da luz. As forças que actuam sobre os electrões num plasma são extremamente violentas, e poderão, no futuro, permitir reduzir o tamanho dos aceleradores de partículas. O principal desafio para a utilização desta tecnologia de ponta em experiências, consiste no ajuste muito preciso das propriedades dos feixes de electrões acelerados.
Investigadores do IST pretenderam dar uma nova resposta a esta questão, mediante a utilização de campos magnéticos aplicados sobre a região do plasma onde se pretendem desencadear os complexos mecanismos de aceleração. De acordo com Jorge Vieira, o primeiro autor deste trabalho,"a investigação mostra que é possível manipular com muita precisão os processos de aceleração de electrões em plasmas com recurso a campos magnéticos, devidamente desenhados". 
Os aceleradores de partículas desempenham um papel determinante na investigação das propriedades fundamentais da matéria, tendo sido também importantes no desenvolvimento dos pilares da energia nuclear, e em tecnologias do quotidiano em diferentes terapias e nos raios-x médicos.
A investigação e desenvolvimento de novas técnicas de aceleração assume assim um papel crítico para o progresso científico e industrial. Segundo Luís Silva, coordenador da equipa de investigação, "o trabalho abre novas perspectivas para a utilização desta tecnologia permitindo um controlo adicional sobre as propriedades dos aceleradores a plasma”.
Recorrendo a modelos teóricos, e a simulações computacionais de alta performance em alguns dos maiores supercomputadores do mundo, este trabalho mostra que, recorrendo a um campo magnético externo de determinadas características, é possível controlar de forma muito precisa as propriedades dos feixes de electrões acelerados em plasmas e moldar essas propriedades para a produção de raios-x.