segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ecrãs tácteis podem desaparecer

A Revista sábado publicou, na semana passada, um artigo que vos pode interessar e que se transcreve a seguir: "O material de que são feitos os ecrãs dos smartphones, PDA e GPS, a maioria existente na China, está em vias de extinção. E o pior é que ainda ninguém encontrou um substituto tão bom.
Ler um livro ou navegar na Internet com um tablet, enviar emails ou fazer uma chamada com os novos telemóveis de ecrã táctil são tarefas que podem estar ameaçadas. O grande problema é que o índio, material responsável por fazer o ecrã dos smartphones funcionar, desaparecerá dentro de 10 anos e ainda não há substituto. Até agora, os materiais candidatos a substituí-lo têm-se revelado demasiado imperfeitos, frágeis e caros.
O que faz os ícones do telemóvel mexerem-se quando lhes tocamos é o ITO (indium tin oxide ouóxido de índio e estanho), uma liga de dois óxidos metálicos constituída em 90% por índio, um produto resultante da mineração do chumbo e do zinco.
É um material instável e difícil de trabalhar mas cujas qualidades fazem esquecer os defeitos: é das raras substâncias transparentes que conduzem electricidade - isso faz com que, ao tocarmos no ecrã, passem a ser os nossos dedos a comandar a energia.
De acordo com a US Geological Survey, há em todo o mundo cerca de 16 mil toneladas de índio (a maioria na China), uma quantidade insuficiente segundo a revista New Scientist, que alerta: se o consumo continuar ao ritmo dos últimos anos, em 2020 todas as reservas estarão esgotadas. E depois? Existe um outro material com capacidades semelhantes? A resposta é não, pelo menos por enquanto.
O principal candidato é o óxido de zinco, disponível em grandes quantidades e muito mais barato do que o ITO mas também ainda muito longe de ser a solução perfeita: não é tão transparente, resistente e bom condutor de energia como o antecessor. Há ainda quem defenda que a solução pode passar não por substituir o índio mas por melhorar o seu desempenho.
Tobin Markse, da Universidade de Northwestern, no Illinois, desenvolveu um material feito com óxido de cádmio, revestido de uma fina camada de índio (20%), que substitui o ITO mas que é altamente tóxico. Jonathan Coleman, do Trinity College de Dublin, aliou-se à Hewlett-Packard para trabalhar materiais condutores transparentes mas, após várias tentativas, as soluções revelaram-se dez vezes mais caras.
Aos clientes das mais de 170 marcas que comercializam ecrãs tácteis só resta esperar - ou por um novo material ou por outra revolução tecnológica."
Será que esta é a solução?

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